domingo, 27 de março de 2011

Escola de Frankfurt

 Ao estudarmos a escola de Frankfurt em nossa aula de sociologia, um dos tópicos citados foi que o capitalismo projetaria padrões e tornaria o homem obcecado por imagens e aparências, e todas as relações tornar-se-iam trocas econômicas. Exemplo: o pai seria aquele que compraria aquela bela blusa. Ao ouvir tal exemplo, o considerei um tanto quanto exagerado, afinal, apesar de o pai ser um fator definitivo em nossas aquisições, sua importância é muito maior que essa, e imaginei que minha opinião fosse comum e que muitos classificariam o exemplo como uma rara exceção. No entanto, no mesmo dia, ao ouvir discretamente a conversa de um grupo do 9º ano (oitava série), vi que o exemplo não é um fato isolado, e que essa mentalidade vem se difundindo cada vez mais rápido.
 O tema da conversa era a relação entre pais e filhos, e deparei-me com as seguintes afirmações:
“Eu nem falo direito com a minha mãe, só quando preciso de alguma coisa.”
“Eu só converso com meu pai o essencial, tipo: pedir para ir ao NR”.
 Infelizmente, tive de mudar minha posição e concordar com Theodor Adorno e Max Horkheimer, fundadores da escola de Frankfurt. As relações realmente têm se baseado apenas em trocas econômicas e tudo o que importa são as aparências e o poder aquisitivo.

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